The Help é brilhante! Como descrever uma obra que consegue reunir tantas questões complexas e coloca-las em uma situação cômica e dramática ao mesmo tempo? As nuances recônditas presentes no longa trazem um brilho desigual ao contexto. Aparentemente The Help é um filme que critica a descriminação racial e a vida hipócrita aristocrata da década de 60.
O filme começa com o tema principal sendo exposto - O relato de abusos sofridos por uma empregada doméstica. Em segundos você percebe a triste expectativa que essas mulheres carregam para si próprias e seus filhos. O carma cheio de humilhações, restrições e injustiças é passado de geração em geração, como uma maldição concebida humildemente.Porém, com o desenvolver da trama você nota inúmeros acontecimentos e sentimentos célebres no filme, e são esses que o torna tão intrigante e interessante; são histórias cruzadas( título do filme no Brasil) que vivamente estanciam em sua narrativa. A mãe que não sabe criar a filha, a negra que passou todos os seus dias doando-se para cuidar dos filhos alheios e é privada de usar o banheiro de seus patrões. A moça rejeitada pela sociedade por casar grávida, a solteirona independente, a violência doméstica, a hipocrisia, enfim são tantos casos que o filme se mantém atraente o tempo inteiro. Em meio a tudo isso, certos assuntos coadjuvantes são expostos delicadamente, como por exemplo: a popularização da coca-cola e do cigarro (que era visto como um "acessório" atraente às mulheres).
Outra coisa que chama bastante atenção é a submissão feminina aos falsos status da sociedade e a necessidade que as mães tinham em arrumar um bom partido para suas filhas, pois uma moça com mais de 20 anos e solteira não era bem-quista na sociedade. São essas e outras histórias que dão formato e singularidade a The Help, transformando o filme não apenas em uma singela crítica social, mas uma verdadeira vida diante dos nossos olhos.

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