quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Crítica: O Grande Gatsby


O Grande Gatsby cumpre seu papel além do esperado. Fitzgerald criou uma obra com uma dinâmica impressionante e uma história fora e dentro dos padrões. Trazer às telas uma obra tão densa e obscura não é tarefa fácil e com toda convicção afirmo que Baz Luhrmann atingiu tal feito. Quem leu o livro sabe a riqueza de detalhes que adorna a obra, composto por uma trama séria e misteriosa, é muito comum se perder diante da mente brilhante do autor, que joga com os leitores usando uma falsa estabilidade. 

Mas deixemos um pouco a literatura de lado e vamos ao que interessa. Com uma trilha sonora empolgante e franca, O Grande Gatsby despoja o espectador ferozmente. Sem delongas, você é trasportado para a Nova York de 1920 e é através do excelente trabalho de fotografia que todos se sentem próximos aos protagonista. A direção de arte está impecável, cada detalhe é tão bem trabalho que muitas vezes me perguntei se aquilo era possível. Como muitos rotularam - É ousado e extravagante. Os atores cumprem bem seu papel, destaque especial para Joel Edgerton que traz um Buchanan explosivo e brilhante, e para a encantadora Carey Mulligan que ao meu ver foi perfeita para o papel.Mas quem realmente se revela promissora é a "desconhecida" Elizabeth Debicki, que apesar de não ter muitos diálogos, simplesmente magnetizou a todos com sua beleza e elegância. O filme é uma obra de arte completa, e peca propositalmente quando não dá importância ao relacionamento de Jordan (Elizabeth Debicki) e Nick (Tobey Maguire) que acabaria tirando todo o mistério que envolve o personagem central Gatsby. 

Um final simples, tocante, e sincero, "O Grande Gatsby" provoca questionamentos intensos a quem assiste - O que é mais importante? O amor ou a segurança? Será que vale a pena se dedicar ao amanhã e esquecer o hoje? A vida não espera, e o tempo pesa,muitas vezes ele acaba sendo mais importante que qualquer outro sentimento.

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