quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Crítica: 500 Dias com Ela (2009)



O filme não retrata uma história de amor, baseia-se na simples expectativa de diferentes pontos de vista de um mesmo assunto. "Tom" desde a criança foi condicionado a acreditar em "felizes para sempre", aquele romance arrebatador e perfeito. Enquanto "Summer" sempre foi realista e através da separação dos pais percebeu que o amor não é como mostram na tevê. O encontro entre os dois era bastante improvável assim como relata o narrador e isso mostra que somos guiados por coincidências. Não existe alguém certo,ou uma alma gêmea, o que na realidade acontece é o encontro de duas pessoas com vidas diferentes que se apaixonam e decidem compartilhar momentos juntas. As chances de um relacionamento ser duradouro vem da química do casal, das coisas em comum, da compreensão, enfim, são "n" fatores e o que deixa tudo mais difícil é por que são dois indivíduos no comando.


A obra tem sutilezas interessantes, como a numeração sob o fundo onde esta desenhada uma árvore que conforme os dias vão passando ela muda suas folhas. É uma pequena referência aos relacionamentos, que tem suas fases que vai da primavera ao inverno. Quando as folhas caem a sensação é de fim,solidão e desespero, mas logo logo udo começa a crescer e uma nova estação brota. Outro ponto importante é o nome da personagem de Zooey Deschanel (Summer - verão).Acho que o diretor quis mostrar como Tom via esse relacionamento - um "namoro" imaculado, cheio de momentos bons, sem nenhum defeito, dias quentes onde as pessoas são mais felizes.E quem nunca?
"500 dias com ela" se dispõe a explicar que relacionamentos podem ter fim e não ser necessariamente o fim. Propõe mostrar dois ângulos que ás vezes não se encaixam, exibir duas almas independentes que decidem se unir, que andam juntas durante um tempo, que são felizes, mas precisam partir em um determinada hora. É como as estações do ano, tudo tem seu tempo, não significa que você não vai ficar com alguém até o fim da sua vida, mas conseguir tal proeza não é fácil, pois depende de situações que muitas vezes não está ao seu alcance. Aprenda a admirar a beleza das flores, do sol, da chuva e das folhas que caem no outono, pois assim são os relacionamentos, cada um com sua beleza, cada um no seu tempo, cada um da sua maneira.


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