quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Crítica : O Homem de Aço



Diferente de todos, único e original. "O Homem de aço" está mais real, totalmente voltado para aquilo que é - um extraterrestre. Em contra posição com as versões anteriores, o filme de Zack Snyder surpreende pelo valor realista. Quem esperava uma versão à la "Smallville" para os cinemas, se decepcionou. Ouvi comentários do tipo - "Nossa, estou frustrado, muito futurístico, muita informação, muita luta!" Na verdade a expectativa baseada da produção de Christopher Nolan foi o grande motivo de tanta especulação. Alguns esperavam uma versão "Cavaleiro das trevas", outros algo mais sombrio e verdeiro, enfim, pra ser bem sincero a maioria das pessoas queriam um Superman mais Clark Kent,engraçado como Tony Stark e real como Bruce Wayne. O que poucos conseguiram entender foi a grandiosidade dessa versão ímpar para os cinemas. Zack Snyder trouxe um homem verdadeiramente de aço, um moçinho rebelde,um ser com a bondade lutando contra seus extintos mais humanos. 



O que mais me surpreendeu foi a sutileza usada pelo diretor pra criar a personalidade de Kal-El (nome verdeiro de Clark), tudo está envolto da família, principalmente do seu pai. Não é a bondade em sim, ou a moral, ou amor, é a família que move seus instintos,tanto na busca por sua verdadeira identidade, como no espírito heroico. Tudo isso é comprovado em duas cenas - a primeira mostra o pai de Clark se sacrificando para proteger o segredo do filho, a segunda revela o grande General Zod colocando Kal a prova enquanto tenta aniquilar uma família. A imagem do pai segurando a esposa e os filhos em seus braços para protege-los da morte iminente imposta por Zod é forte e simbólica. É aí que entra a genialidade do Zack, além de mostrar a origem do heroísmo de Clark, exprime o verdadeiro homem de aço da vida real - o patriarca da família que se torna um ser sobre-humano para proteger sua espécie. 

O diretor também associa a imagem do nosso herói com a de Cristo(mas isso não é novidade), durante o filme a várias referências ao sacrífico de Jesus e à imagem do Deus-Pai que doa seu filho para um bem maior.Há também muitas mensagens subliminares, principalmente nas cenas de ação.Preste bastante atenção em nomes e números que aparecem nos prédios, caminhões e placas. Nomes e símbolos como - Lexcorp (referência a empresa de Lex Luthor),um olho que surge de repente quando Zord gira Kal pela capa, a presença dos números sete e três (número da perfeição Divina e a Trindade) etc.

Não posso deixar de lado a atuação magnífica Henry Cavill que se tornou verdadeiramente o Superman, não só fisicamente como psicologicamente. Amy Adams também brilhou como Lois Lane, forte, destemida, e um par à altura do homem mais poderoso do universo. Essa abordagem diferente para Lois merece reconhecimento, ela já sabe que Clark e Kal são a mesma pessoa, bem diferente da abordagem "jornalista burra" que é feita nos filmes anteriores. 

"Homem de aço" merece ser aplaudido de pé por que conseguiu ser criativo, pessoal e honesto com um dos personagens mais importante de todos os tempos. Não fez mais do mesmo, inovou. Mostrou o que significa ser diferente sem clichês, mostrou o herói sarcástico, o garoto que aprendeu a ser um homem bom com sua família. Zack Snyder fez um novo Superman para uma nova geração e isso é trabalho para poucos, pra não dizer único.Bravo!

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